sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Médicos substituem mandíbula de uma mulher por uma impressa em 3D

Medicina já utiliza próteses impressas em três dimensões


Uma senhora de 83 anos é, possivelmente, a primeira pessoa do mundo a usar uma mandíbula de titânio. Os responsáveis pelo feito são uma equipe de médicos e pesquisadores da Bélgica e da Holanda, que substituíram a mandíbula da paciente por um modelo 3D impresso.



Foto divulgação: produzida por  LayerWise.
Depois que foi diagnosticada com osteomielite progressiva (infecção que afetou sua mandíbula quase toda), os médicos decidiram que a remoção da zona infectada seria a única forma de conter os avanços da infecção. A remoção teria deixado-a com uma mandíbula não-funcional, o que exigiria reconstrução microcirúrgica de alta complexidade através de transplante de tecidos. Entretanto, devido a idade, não seria a melhor solução para a paciente. 


Daí, a equipe médica optou pela  fabricação de uma prótese desenhada em CAD pela Xilloc, uma empresa especializada em implantes sob medida, e LayerWise, um fabricante de aditivo de metal. Porém, impressoras 3D comumente usam materiais como plástico ou resina para esculpir as suas criações, impróprios para a aplicação cirúrgica. 

Portanto, titânio em pó foi escolhido para fabricar a prótese, fundido em uma única peça por um laser de alta precisão, o qual seletivamente aquecia as partículas do metal em pó, juntando cada camada sem a necessidade de cola. Em seguida, um revestimento biocerâmico foi aplicado à prótese para evitar a rejeição ao implante. Apenas duas horas foram suficientes para fabricar a prótese com 107g, que pesa um pouco mais que a mandíbula "original" e, segundo a equipe, não causou quaisquer problemas.

Como a prótese foi feita sob medida, a operação foi relativamente simples e no dia seguinte a paciente já conseguia ingerir líquidos e falar. Este foi um avanço e tanto no campo de próteses. Custou cerca de US$ 20 mil (cerca de R$ 34,4 mil).

Nota: O vídeo abaixo contém imagens (aos 1:15) da prótese sendo implantada.





Na Escócia, o ortopedista Mark Frame também aderiu a ideia de se aliar as empresas de impressão 3D. Ele  havia encomendado ossos artificiais de uma bacia humana, que custaram quase sete vezes menos  do que as antes utilizadas como modelos numa operação mais complexa (US$ 570). É recomendável que usem modelos exatos para calcularem o ângulo preciso dos cortes numa cirurgia. E a tecnologia das impressoras 3D tem sido a melhor opção atualmente.



fontes: The Verge
           Tecnoblog                                
           LayerWise
           Galileu

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