segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Focados no futuro, cientistas criam lente de contato biônica

Informações projetadas ao alcance dos olhos, bem ao estilo Exterminador do Futuro. 


Cada vez mais os cientistas tentam reproduzir na vida real o que antes víamos apenas na ficção. A Universidade de Washington, em Seattle - EUA, tem realizado testes com uma tecnologia que poderá permitir que usuários leiam textos, e-mails ou enxerguem melhor imagens geradas por computador.

Trata-se de uma nova geração de lentes de contato que projetam imagens em frente aos olhos. Consiste em uma antena que coleta a energia vinda de uma fonte externa, um circuito integrado que armazena essa energia e a transfere para um chip transparente que contém um pequeno LED (diodo emissor de luz) azul. Testes iniciais mostraram que o dispositivo é seguro e viável. É bem verdade que foram realizados apenas testes em animais (certamente os coelhinhos não leram seus e-mails), e que fizeram apenas o LED se acender, alimentado por uma fonte externa.
Lente com Led no olho de um coelho

Apesar dos cientistas considerarem os testes em animais bem sucedidos, o projeto precisa de vários ajustes, como encontrar soluções para melhorar a fonte de alimentação. Atualmente, o protótipo funciona apenas se for colocado a centímetros da bateria sem fio.

Normalmente, só podemos enxergar claramente os objetos se eles estiverem a alguns centímetros de distância do olho. Entretanto, segundo o professor e pesquisador Babak Parviz, os cientistas e alguns colegas da Universidade Aalto, na Finlândia, já haviam superado este obstáculo relacionado à distância focal. 

Como os testes feitos com coelhos renovaram as expectativas científicas, os pesquisadores pretendem incorporar centenas de pixels na lente flexível para poder produzir imagens holográficas. Eles imaginam, por exemplo, que motoristas poderão visualizar instruções de suas viagens ou a velocidade do veículo projetada no para-brisa. Também cogitam a possibilidade de monitorar informações médicas sobre metabolismo, níveis de açúcar no sangue, por exemplo, se conectadas a biossensores no corpo do usuário. Sem falar que as lentes poderiam elevar os games a um novo nível, a um novo mundo virtual.

O professor  afirmou ainda que "o próximo objetivo é incorporar algum texto pré-determinado na lente de contato." O material usado para a fabricação das lentes convencionais é extremamente delicado. Adaptar os circuitos elétricos à nova lente, portanto, é um desafio. Sobretudo porque a matéria prima usada para tal fim envolvem materiais inorgânicos, produtos químicos tóxicos e elevadas temperaturas. Para se ter uma ideia, os circuitos foram construídos pelos pesquisadores a partir de camadas metálicas com nanômetros de espessura, cerca de um milésimo da largura de um fio de cabelo humano, ligados a um LED com secção transversal equivalente a um terço de milímetro.  

E mesmo diante de tanta inovação, Dr. Parviz e sua equipe não são os únicos cientistas que trabalham com esse tipo de tecnologia. A companhia suíça Sensimed já pôs no mercado lentes de contato inteligentes que usam tecnologia de informática para monitorar a pressão dentro do olho a fim de identificar condições para glaucoma.




fonte: BBC
           Tg daily


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