Pedalando para a liberdade e iluminação da praça
Iniciado há quase três meses, o projeto Pedalando para a Liberdade conta com apoio da sociedade civil, de instituições privadas da cidade e com o governo do estado de MG. O idealizador do programa é o juiz José Henrique Mallmann, da 2ª Vara Cível, Criminal e da Infância e da Juventude de Santa Rita do Sapucaí, inspirado em uma experiência que conheceu por meio da internet, onde academias norte-americanas tem a eletricidade gerada por bicicletas ergométricas.
A delegacia local contribuiu com umas bicicletas velhas e sem registro que estavam guardadas e que foram levadas para o presídio. “Os amigos do diretor do presídio fizeram a montagem das bicicletas com a aparelhagem. Um cidadão doou um equipamento para transformar os watts gerados em volts. Outro grupo, que tinha conhecimentos técnicos, criou um aparelho para medir a quantidade de energia produzida”, relata o magistrado.
Montadas sobre cavaletes, as bikes foram ligadas a alternadores e a baterias. Oito internos com bom comportamento foram selecionados para participar do projeto (que inicialmente fora recebido com receio). A cada 16 horas pedalas eles têm um dia de remissão na pena. “Hoje, tenho uma lista de espera de presos interessados”, afirma o juiz Malmann.
Ao cair da tarde, antes do por do sol, um guarda retira a bateria carregada e a leva à praça para conectá-la ao conversor. Em poucos minutos, dez das 34 lâmpadas do local começam a brilhar. Pela manhã, um outro guarda retira e leva a bateria de volta para ser novamente recarregada pelas bicicletas que, aliás, tem melhorado a autoestima e o preparo físico dos internos. "Eu estava barrigudinho...emagreci uns quatro quilos", revela um dos participantes do programa.
O objetivo é, eventualmente, ter bicicletas suficientes para alimentar todas as lâmpadas da praça, disse o diretor do presídio, Gilson Rafael Silva. Para o magistrado autor da proposta, além de resgatar a autoestima dos presos, o projeto sustentável tem impacto positivo no município. “As pessoas percebem que o preso, com restrições, pode participar de alguma forma da vida em sociedade”, diz.
Pelo país, outras penitenciarias tem adotado maneiras de reduzir a pena dos detentos com bom comportamento através de programas de alfabetização. Alguns dizem que a idéia poderia eventualmente ajudar a reduzir a superlotação nas prisões do Brasil, que detêm cerca de 500.000 pessoas. Grupos de direitos humanos há muito se queixam de condições desumanas e de violência generalizada.
"As pessoas dizem que estamos transformando as prisões em hotéis de luxo", disse o diretor Gilson..."Mas este é um hotel onde ninguém quer ficar".
Fontes: Fox News
Já havia pensado em desempregados fazendo isso, gerando energia para o País e ganhando algum dinheiro..... Não daria certo? Não diminuiríamos a pobreza neste Brasil?
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