sexta-feira, 4 de maio de 2012

Uma mesa que realiza fotossíntese e gera energia

Tecnologia biofotovoltaica para produzir energia limpa


A fotossíntese deixou de ser um processo exclusivo do reino vegetal. Apresento-lhes a Moss Table, uma mesa que, além de realizar fotossíntese, é capaz de transformá-la em energia limpa para alimentar pequenos dispositivos eletrônicos.

A invenção é feita em plástico ABS, com tampo de acrílico. Possui 1m diâmetro por 1,20m de altura.  Interiormente a Moss table contém eletrodos de carbono, conectores de metal , terra, musgo e água. O musgo fica em pequenos potes posicionados dentro da mesa e crescem em um solo fertilizado por bactérias saudáveis. Ao realizar fotossíntese para se alimentar, ele libera compostos orgânicos como resíduos e as bactérias, por sua vez, são responsáveis por processar esses resíduos, liberando assim elétrons.


Os elétrons produzidos são capturados por fibras condutoras instaladas abaixo de cada vaso, e levados à uma bateria onde são armazenados. A corrente elétrica gerada é de 5 a 10µA (microamperes) e no máximo 0,6V (volts), suficiente manter ligado pequenos relógio digital. A lâmpada instalada na mesa não é alimentada por ela.
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Infelizmente essa é a verdade, a Moss Table não é muito eficiente quanto a sua geração de energia. Pra se ter uma ideia, 112 potes de musgos geram, em um dia, energia suficiente para alimentar um notebook, por exemplo, por no máximo 20 segundos. A mesa atual é capaz de produzir apenas 520J (Joules) de energia por dia. Um laptop comum consome em média 25J por segundo.

Para aqueles que já estavam pensando em adquirir uma dessas e por na sala ou escritório, vão ter que esperar um pouco mais, até que os desenvolvedores do projeto, ainda um conceito, melhorem o desempenho do invento.

O conceito foi criado como parte de um projeto de pesquisa chamado "Design na Ciência", em que o foco é fazer designers darem suporte à pesquisas científicas. No caso da Moss Table, demonstraram que a tecnologia BPV (BioPhotoVoltaic) pode ser empregada em objetos comuns e que tem aplicação potencial na vida cotidiana, além de chamarem a atenção e disseminarem o projeto pelo mundo.


Num futuro próximo, os pesquisadores esperam poder melhorar o desempenho do projeto, e conseguir alimentar um laptop por até 14 horas. Por enquanto, um relógio digital está bom. Afinal, quem já viu uma mesa gerando energia por aí? A propósito, a maioria das coisas sofisticadas e eficientes que conhecemos hoje, partiram de algo simples.


              Henrique Geek


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